Leishmaniose

Foi detectada leishmaniose no meu cão: todos os passos e cuidados a ter

O que devo esperar se tiver um cão com leishmaniose?
31/08/2021
O seu cão foi diagnosticado com leishmaniose? Neste artigo, explicamos-lhe mais sobre esta doença e o que deve fazer depois de ter sido diagnosticada.

Foi detetada leishmaniose no seu cão? Neste artigo damos-lhe mais informações sobre esta doença e sobre o que pode esperar que aconteça a partir do momento do diagnóstico. 

Como explicámos em artigos anteriores, a leishmaniose canina é uma doença endémica em muitas regiões do mundo que é contraída quando, através da picada de um flebótomo (um inseto parecido com o mosquito), se introduz no organismo um parasita chamado Leishmania spp. 

É primordial priorizar a prevenção da leishmaniose canina tanto quando seja possível. Ainda assim, a prevenção não garante a segurança e deve recorrer-se ao veterinário o mais rapidamente possível caso seja detetado qualquer sintoma que se suspeite que possa estar associado à leishmaniose.

Quanto mais depressa se obtiver um diagnóstico fiável, mais rapidamente se poderá atuar para combater a doença. E é aqui que o veterinário é o vosso melhor aliado.

 

Visitas periódicas ao veterinário 

Depois de detetada a leishmaniose, é necessário efetuar um seguimento dos sintomas (como gânglios linfáticos inchados) e dos possíveis tratamentos a que o animal será submetido para controlar a doença. 

Por isso, devem visitar o médico veterinário periodicamente durante algum tempo para que possa ser efetuado um controlo o mais exaustivo possível da situação e dispor de uma margem de tempo para atuar contra novos sintomas ou alterações que possam ser detetadas. 

Continuar a manter as medidas preventivas

Anteriormente, referimos a importância de prevenir a doença tanto quanto seja possível. Se foi detetada ao seu cão com leishmaniose, é muito importante que continue a utilizar métodos de prevenção: antiparasitários externos, tentar não sair para passear nas horas de maior atividade do flebótomo (ao entardecer, nas primeiras horas da noite e ao amanhecer) e evitar que o cão durma no exterior.

O facto de o cão ter a doença não o torna imune a futuras picadas do flebótomo, o que poderia significar a introdução de mais Leishmania spp. no organismo e um agravamento da situação. 

O prognóstico da doença

Existem quatro estádios clínicos para os cães doentes com leishmaniose que dependerão dos sinais clínicos, das alterações clínico-patológicas e do nível de anticorpos. O prognóstico e a esperança de vida do cão doente dependerá do estado de saúde em que se encontre.

Estádio I. Doença ligeira

Este grupo inclui cães com os sintomas mais ligeiros e sem títulos de anticorpos ou com títulos muito baixos. Nestes casos, o prognóstico é bom.

Estádio II. Doença moderada 

Consideramos que é doença moderada no caso de, além dos sintomas mencionados no estádio I, o cão apresentar também lesões cutâneas, crescimento excessivo das unhas, anorexia, perda de peso, febre, diarreia ou hemorragia nasal. Neste casos, o prognóstico é reservado.

Estádio III. Doença grave

Se, além dos sintomas descritos anteriormente, o cão apresentar lesões causadas por imunocomplexos (problemas vasculares, articulares, oculares e renais) e, além disso, tiver um número de anticorpos médio, trata-se de uma doença grave com prognóstico entre reservado e desfavorável. 

Estádio IV. Doença muito grave

Eventualmente, a doença será muito grave se, além dos restantes sintomas, o animal apresentar um nível de anticorpos alto e alterações graves (tromboembolia, síndrome nefrótica ou doença renal terminal). Nestes casos, o prognóstico é desfavorável.

O tratamento da leishmaniose canina: cada cão é diferente

A leishmaniose apresenta-se de forma diferente em todos os casos. Os sintomas, o nível de gravidade e as possibilidades de combater a doença com êxito dependem de coisas como a sua raça, a sua idade, a sua condição clínica e um grande número de fatores que fazem com que seja muito difícil tratar todos os casos de forma igual.

É por este motivo que é tão importante recorrer ao veterinário para poder administrar ao cão o tratamento para a infeção por leishmania que seja adequado para tratar o seu caso e detetar as necessidades específicas que este possa ter. 

Para os animais afetados, é importante um tratamento. Se for seguido com rigor e não houver afetação visceral, a esperança de vida pode chegar a ser semelhante à de um animal saudável. O tratamento de um animal doente consiste na combinação de um fármaco que limita a multiplicação do parasita e de outro que o destrói.(2) O preço do tratamento para um cão com leishmaniose dependerá de cada paciente e de se existem complicações que tenham de ser tratadas. 

Tal como explicámos, o diagnóstico da leishmaniose é um verdadeiro desafio devido à grande quantidade de sintomas que pode apresentar em diferentes animais.

Por isso, se pensar que o seu cão pode ter leishmaniose, recomendamos que se dirija ao seu veterinário de confiança o quanto antes, com o objetivo de obter um tratamento adequado e combater a situação o mais rapidamente possível. 

Fontes:
  • 1. BMC. Parasites and vectors. LeishVet guidelines for the practical management of canine leishmaniosis. Última consulta (20/05/2021) https://parasitesandvectors.biomedcentral.com/articles/10.1186/1756-3305-4-86
  • 2. La Vanguardia. Así es la leishmaniasis, la enfermedad grave de los perros que todo propietario debería conocer. Última consulta (20/05/2021) https://www.lavanguardia.com/vivo/mascotas/20171127/433040467410/leishmaniasis-perros-sintomas-tratamiento.html
  • 3. Salud Animal. Tratamiento y pronóstico de la Leishmaniosis canina. Última consulta (20/05/2021). https://saludanimal.leti.com/es/tratamiento-y-pronostico-de-la-leishmaniosis-canina_16799

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