Leishmaniose

Um cão pode ser imune à leishmaniose?

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27/03/2025

Entende-se por cães imunes aqueles capazes de conter uma infeção sem apresentar sintomas graves. Este fenómeno também pode ocorrer na leishmaniose canina. Então, quais são as condições que tornam um cão imune à leishmaniose? Neste artigo, explicaremos tudo sobre o assunto. 

O que é a leishmaniose canina e como é transmitida? 

A leishmaniose canina é uma doença parasitária grave causada pela Leishmania infantum, transmitida pela picada de flebótomos infetados. Esta doença tem repercussões importantes na saúde dos cães, podendo afetar vários órgãos, como a pele, os rins e o fígado. 

Um dos principais desafios da doença é o comprometimento do sistema imunitário do cão, que desempenha um papel crucial na progressão da infeção, determinando se a leishmaniose é assintomática ou não. 

Quais são os principais sinais em cães infetados por Leishmania? 

Os sinais clínicos da leishmaniose variam de acordo com a resposta imunitária do cão. Alguns dos sintomas mais comuns são: 

  • Perda progressiva de peso;
  • Lesões cutâneas, especialmente ao redor dos olhos, nariz e orelhas;
  • Crescimento anormal das unhas;
  • Apatia e fraqueza.
  • Além destes sinais principais, a leishmaniose pode ter manifestações mais graves, como insuficiência renal, anemia, inflamação ocular e aumento do tamanho dos gânglios linfáticos. 

O sistema imunitário e a leishmaniose 

O sistema imunitário do cão desempenha um papel decisivo na progressão da infeção. A resposta imunitária pode ser classificada em dois tipos principais: 

  • Resposta eficaz : Associada a uma resposta celular, capaz de controlar a multiplicação do parasita e manter o animal assintomático.
  • Resposta ineficaz: Implica a produção exacerbada de anticorpos, que por não ser uma resposta eficaz para eliminar o parasita, favorece o desenvolvimento da doença sintomática. 

Diferenças entre cães imunes e sintomáticos à Leishmania 

Como mencionado anteriormente, os cães imunes são capazes de conter a infeção sem apresentar sinais graves da doença. Isto deve-se a uma resposta imunitária mais eficaz, baseada na ativação de células de defesa que inibem a multiplicação do parasita. No entanto, os cães imunes podem ser portadores da infeção e acabar por desenvolver sintomas se ocorrer um enfraquecimento do sistema imunitário. 

Por outro lado, os cães sintomáticos apresentam uma resposta imunitária inadequada, o que permite que o parasita prolifere. Nestes casos, os sintomas tendem a agravar-se com o tempo e podem provocar complicações sistémicas graves, como insuficiência renal crónica e inflamação grave. 

A imunidade é a mesma em cachorros e adultos? 

Em termos de imunidade, os cachorros e os cães adultos respondem de forma diferente à leishmaniose, principalmente devido ao desenvolvimento do seu sistema imunitário. 

Nos cachorros, o sistema imunitário ainda está em desenvolvimento, tornando-os mais vulneráveis à infeção. Se forem infetados, a progressão da doença pode ser mais rápida e agressiva, com maior risco de complicações graves. Além disso, como ainda não tiveram contacto com o parasita, não possuem resposta imunitária prévia, o que pode dificultar o controlo da infeção. 

Em cães adultos, dependendo da sua imunidade individual, alguns conseguem conter a infeção sem apresentar sintomas, permanecendo assintomáticos durante longos períodos. No entanto, se o sistema imunitário estiver enfraquecido (devido a outras doenças, idade avançada ou desnutrição), o cão pode desenvolver sintomas mais graves. 

Que cuidados e métodos de prevenção devo ter para evitar a leishmaniose no meu cão? 

Independentemente da idade, a prevenção é essencial. A prevenção da leishmaniose canina é essencial para reduzir o risco de infeção e as complicações da doença. Algumas das medidas mais eficazes são: 

  • Vacinação: Reduz o risco de desenvolver a doença e o aparecimento de sinais clínicos;
  • Uso de antiparasitários externos com ação repelente: Colares e pipetas repelentes ajudam a prevenir as picadas de flebótomos;
  • Evitar passeios noturnos: O flebótomo é mais ativo entre o anoitecer e o  amanhecer;
  • Limpeza de ambientes: Reduz a presença de matéria orgânica que favorece a reprodução dos flebótomos. 

As consultas veterinárias periódicas são essenciais para monitorizar a saúde do seu cão e detetar precocemente qualquer alteração compatível com a leishmaniose. 

Consulte o seu médico veterinário para saber qual a prevenção mais adequada para o seu cão. 

Ana Sofia Carvalho | @anasofia_vet 

Médica Veterinária

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